If I Never Loved You

Fanfics sobre os Jonas Brothers


CAPÍTULO 1

Juliette McQueen andava a passos largos pelos jardins do ensolarado campus da Los Angeles University.

Tinha os cabelos castanhos naturalmente ondulados caindo sobre os ombros. Os olhos, de mesma cor, brilhavam tanto quanto as estrelas. Vestindo uma calça jeans escura e uma blusa preta, usando óculos de sol. Era uma garota bonita, embora não tão bonita quanto as loiras de olhos azuis que perambulavam pelo campus. Pelo menos não a seu ver.

Haly, sua melhor amiga desde que se mudou de New Jersey, era uma dessas. Muito parecida com garotas como Taylor Swift, Dianna Agron ou alguma das famosas vistas constantemente no Cafee Metropol, onde a garota trabalhava.

“Todas fúteis, menos Haly” pensava a garota. Haly, ao contrário das outras loirinhas, era uma das pessoas mais humildes que Juliette já vira, se não a mais. A não ser quando ela brincava dizendo que sua amiga não viva sem ela. E pensar que só se conheceram por que ambas cursam simbologia na mesma universidade. “Como Robert Langdon.” Pensava.

- Hey Juliette, onde vai? Parece até que Joe Jonas está ali fora esperando por você!

- Oi Haly! Quem me dera. Vou buscar a Vic na escola, por que o papai não vai poder ir. Outra reunião de negócios com a gravadora.

- Ele vai fechar contrato com Justin Bieber ou Lady Gaga?

- Rebecca Black. - olhou com uma cara séria, porém a amiga percebeu a brincadeira. As duas riram. – Não, agora falando sério: ele não me contou. Aliás, não contou pra ninguém. Segredo de Estado!

- Por que todo esse suspense e mistério?

- O dia que você desvendar a mente do meu pai, me avise, por que em 18 anos eu nunca consegui.

- Avisarei. Você volta pra cá depois?

- Não, não, vou pra casa direto. Nos vemos no Metropol?

- Nos vemos lá.

Juliette entrou no carro e ligou a ignição. Depois de dar a partida, trocou de rádio sempre que pode até achar uma, na qual tocava See No More.

- Eu ainda caso com esse homem. – brincou, sozinha.

Depois de dirigir por mais três quadras, estacionou na rua da escola e ficou esperando até a música acabar. Saiu e dirigiu-se à entrada da mesma, para buscar sua irmã mais nova.

- Oi Vic! Como foi seu dia?

- Foi normal. E o seu?

- Corrido, extremamente corrido.

- Julie, eu sei como é difícil pra você agir como a mamãe.

- Desde que ela nos deixou, eu tenho que fazer isso. Não por mim, nem por ela, mas por você e Jake.

- Não Julie, você não precisa. Nós somos grandinhos, sabemos nos virar.

- De jeito nenhum. Eu sou a responsável por vocês. Eu não me importo de fazer isso. Foi o que fiz desde os dez, e não vai ser agora que vou deixar de agir assim.

Juliette ainda se lembrava do dia em que sua mãe fora embora. Era uma manhã chuvosa. A mãe entrou em casa depois de passar a noite fora, pegou as malas e jogou suas roupas dentro, sem dirigir ao menos uma palavra para Juliette.

A garotinha, na época com dez anos, pediu para mãe por que ela estava fazendo isso. A mãe, no entanto, mirou os olhos chorosos e cheios de dúvida da pequena filha, e apenas falou:

- Não se torne uma doente, nem uma problemática por minha causa. Eu apenas achei alguém que realmente me faz feliz.

E falando isso, ela fechou a mala e deixou para trás Juliette, uma garotinha de dez anos que teria que assumir o papel de mãe para sua irmã, na época com quase 8 anos, e seu irmãozinho, com três.

Até hoje, doía lembrar da cena mais marcante e injusta de toda a sua vida.

A garota enxugou a lágrima que começava a cair pelo seu rosto, voltando assim à realidade.

- Hey Julie, você vai à festa da minha escola?

- E por que eu iria?

- Por que eu preciso de alguém que dirija pra mim... – olhou para a irmã, e acrescentou – e disseram que vai ter uma participação especial... um cantor, sabe? Daqueles famosos e de grande sucesso. Só que não falaram pra ninguém quem é. Segredo de Estado.

- É, são eles e o papai então.

As meninas riram, e o clima ruim que antes predominava dentro do carro havia sido completamente extinto. Era impressionante como, depois daquele tempo todo, eles finalmente pareciam superar a falta da mãe.

- Hey, o Jake está aonde?

- Aulas de guitarra. Deixei ele lá antes da aula e...

- Julie, as aulas de guitarra não duram apenas duas horas?

- Merda, to atrasada! Muito obrigada por lembrar, Vic!

- Disponha!

A garota dobrou a esquina e dirigiu-se apressada até o curso do irmãozinho. Quando chegou lá, Jake estava sentado na escada da escola.

- Jake, mil desculpas! Não foi minha intenção, eu apenas...

- Não esquenta, mãe! – brincou o garoto, interrompendo. – Eu nem me incomodei! Fiquei conversando com a Lizzie aqui. Ela é muito legal!

- Que bom, querido! Como foram as aulas de hoje?

- Muito boas! Eu aprendi a tocar ‘Sweet Child O’ Mind’ do Guns N’ Roses!

- Wow! Meu pequeno rock star!

- Quando eu crescer, quero ser que nem o Kevin!

- Que Kevin? Kevin tipo... Jonas?

- O próprio! Ele é meu ídolo!

- Realmente, ele é o cara! – Victoria completou.

- Meus pequenos! Que bom que vocês tem bom gosto!

Assim foram, brincando até chegar em casa.

Algumas horas depois, lá estava Juliette, pronta para o trabalho.

- Obrigada, senhora O’Donnel! Muito obrigada mesmo! Nem sei como agradecer.

- Oh querida, que é isso! Quando precisar de ajuda, eu estou aqui!

- Crianças, a senhora O’Donnel vai ficar com vocês por que o papai vai trabalhar até tarde hoje.

- Que novidade! Pode deixar mana. Oi, senhora O’Donnel!

- Oi Vic! Olá, pequeno Jake!

- Maghie! Vamos jogar vídeo game?

- Claro! E depois eu vou assistir comédias românticas com a Vic, não é querida?

- Mas claro, Maghie! Hoje o filme é Cartas para Julieta.

- Ouviu, Juliette? Hoje você é a estrela!

- Muito obrigada, Margareth! Você é um anjo!

- De nada, Julie! Quando precisar, eu estou aqui!

- Você é a melhor vizinha do mundo!

Saiu, fechando a porta atrás de si, e ouvindo as garotas discutirem sobre o filme, enquanto Jake pedia que jogo Margareth queria jogar.

Margareth O’Donnel era uma senhora de uns 50 e tantos anos, mas com pique de criança. Ela amava os irmãos McQueen. E eles também a amavam.

“Como a mamãe devia ser.” Pensava a garota.